É possível, sim, emocionar-se e encantar-se por mais de uma vez com a mesma obra, ou o estilo de um autor.
Li Fitzgerald ainda jovem, assim como assisti alguns filmes inspirados em seus livros.
Recentemente, li "Os Belos e Malditos" e gostei, ficando-me o desejo de retomar toda essa escrita fascinante.
Não vi o filme, "The Great Gatsby", que vou buscar urgente em alguma locadora.
Mas o livro, comprei-o em um aeroporto, inquieta com a espera e o trajeto de volta para casa.
Não vi mais o tempo passar, e a viagem transformou-se num "pulinho".
Terminei de lê-lo em menos de 24 horas, um fato inédito para mim.
"Gatsby acreditara na luzinha verde, naquele futuro orgiástico que ano após ano se afasta de nós. O futuro já nos iludiu tantas vezes, mas não importa...Amanhã correremos mais depressa e esticaremos nossos braços um pouco mais além até que, em uma bela manhã...
E assim nós prosseguiremos, barcos contra a corrente, empurrados incessantemente de volta ao passado".
Assim é o final de uma história, e dizer que tal história retrata fielmente os loucos anos 20 de uma geração americana, impactada pela guerra e com o início da industrialização, é um lugar comum, é repetir o que todos os críticos disseram sobre o que mais marcou a obra do escritor.
Dizem que o editor desse livro chegou a criticá-lo pela composição "vaga" do passado de Gatsby, dizendo-lhe que a história da ascensão social desse personagem teria que ser mais detalhada e elaborada. Mas Fitzgerald insistiu em fazê-lo de uma maneira passageira em um dos capítulos, reforçando a brevidade e a impossibilidade de um sonho, a saber, o seu próprio passado, um sonho americano.
Personagens frívolos, belos e glamourosos desfilam pelas festas de Gatsby, tal como a rapidez e impermanência de suas próprias vidas. Dali, nada se sustenta, a não ser a desilusão. Aí sim, o autor é rico em detalhes, interpondo muita beleza diante da cruel finalidade de vida de cada um.
Paixão, amor, cinismo e ambição, acontecem e mudam de lugar como num piscar de olhos.
A Gatsby, resta uma luzinha verde, esperança romântica do que poderia ter sido.
A Fitzgerald, apenas um vazio incontornável.
Grande obra, de um dos grandes autores americanos do século XX.
Li Fitzgerald ainda jovem, assim como assisti alguns filmes inspirados em seus livros.
Recentemente, li "Os Belos e Malditos" e gostei, ficando-me o desejo de retomar toda essa escrita fascinante.
Não vi o filme, "The Great Gatsby", que vou buscar urgente em alguma locadora.
Mas o livro, comprei-o em um aeroporto, inquieta com a espera e o trajeto de volta para casa.
Não vi mais o tempo passar, e a viagem transformou-se num "pulinho".
Terminei de lê-lo em menos de 24 horas, um fato inédito para mim.
"Gatsby acreditara na luzinha verde, naquele futuro orgiástico que ano após ano se afasta de nós. O futuro já nos iludiu tantas vezes, mas não importa...Amanhã correremos mais depressa e esticaremos nossos braços um pouco mais além até que, em uma bela manhã...
E assim nós prosseguiremos, barcos contra a corrente, empurrados incessantemente de volta ao passado".
Assim é o final de uma história, e dizer que tal história retrata fielmente os loucos anos 20 de uma geração americana, impactada pela guerra e com o início da industrialização, é um lugar comum, é repetir o que todos os críticos disseram sobre o que mais marcou a obra do escritor.
Dizem que o editor desse livro chegou a criticá-lo pela composição "vaga" do passado de Gatsby, dizendo-lhe que a história da ascensão social desse personagem teria que ser mais detalhada e elaborada. Mas Fitzgerald insistiu em fazê-lo de uma maneira passageira em um dos capítulos, reforçando a brevidade e a impossibilidade de um sonho, a saber, o seu próprio passado, um sonho americano.
Personagens frívolos, belos e glamourosos desfilam pelas festas de Gatsby, tal como a rapidez e impermanência de suas próprias vidas. Dali, nada se sustenta, a não ser a desilusão. Aí sim, o autor é rico em detalhes, interpondo muita beleza diante da cruel finalidade de vida de cada um.
Paixão, amor, cinismo e ambição, acontecem e mudam de lugar como num piscar de olhos.
A Gatsby, resta uma luzinha verde, esperança romântica do que poderia ter sido.
A Fitzgerald, apenas um vazio incontornável.
Grande obra, de um dos grandes autores americanos do século XX.
PS: Acabei de ler Hemingway, "Paris é uma Festa", em que o autor conhece e se vê diante da "fragilidade" da personalidade de Fitzgerald.
Gatsby era então, apenas um projeto do romancista.
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