sábado, 14 de abril de 2012

Eu e o vinho



Esta cor sensual em minha taça
desabrochando-me em fêmea afogueada
o espírito e o corpo abertos em múltiplos e orgásticos pensamentos
desenfreada paixão
discurso vulgar da puta
bestial à solta
ousadias e despudor
é preciso dizer de minha vida
explicações metafísicas do mundo
suave gosto de madeira
frutas de Bordeaux
explodem intelectual em minha mente
descem em sensibilidade ao coração
inundam de sexual o resto de meu corpo
vou aos deuses mais antigos da Grécia
profecio em sábias explicações
a miséria e o gozo de todos os homens
danço em olhares mágicos
confesso pecados terríveis
desnudo desejos mais secretos
palavras de um outro idioma
que minha língua teima em desenrolar
apogeu e glória infinitos
despencam vertiginosos a rodar
e eu imploro que alguém me ajude a chegar na minha cama.

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