Fiquei me perguntando:
por que escrevo?
É que o "eu falo ... eu falo ...eu falo"... tornou-se indicativo de uma repetição que é puro vazio.
Foi preciso construir um novo tempo.
Um novo discurso.
Daí, que minha escrita vem num modo subjetivo.
Almodovar é genial.
De sua gramática, fez um filme:
"FALE COM ELA".
Da torção do presente do indicativo, EU FALO, para um imperativo, FALE (você) COM ELA, brincou com o feminino e o masculino, construiu uma mulher toureira, um homem que chora copiosamente, um homossexual que faz um filho.
Aliás, nos filmes dele, é muito comum ficar sem entender esse FALO circulando num outro lugar.
Cada um que entenda a sua gramática, pois ela é uma marca indelével e particular na estrutura de nossa linguagem.
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